Façamos da humildade
o fundamento para a nossa salvação. Aqueles que são injustamente vistos,
condenados e humilhados são os que mais se assemelham a Cristo Jesus, Nosso
Senhor!
“Encontrado
com aspecto humano, humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e
morte de cruz”(Fl
2, 7-8).
Neste Domingo
de Ramos e da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, nós queremos contemplar o
Cristo exaltado e aclamado com palmas pelas multidões; Aquele que entra
triunfante em Jerusalém e de lá sairá glorioso. Contudo, a glória de Cristo
passa pela cruz, passa pelo sofrimento, passa pelo escárnio e pela humilhação.
A glória de
Cristo é a Sua cruz, Ele que é de condição divina, tão Deus como o Pai e como o
Espírito, assume a nossa natureza e a nossa fragilidade humana para ser um de
nós. E chega ao extremo da humanidade ao assumir em si as fraquezas, as
enfermidades e os opróbrios da natureza humana. Totalmente desfigurado Ele
morre pregado numa cruz. Diz Pilatos: “Eis o vosso Rei!”. E Ele, de fato, é o
nosso Rei, nosso Rei humilhado, desprezado e sem nenhum aspecto ou aparência
humana.
É esse Jesus
humilhado e desprezado pelos homens a quem nós queremos exaltar, glorificar,
reconhecer a Sua humildade na Sua extrema humilhação e aprender, com Ele, que o
caminho da salvação passa pela humildade. A primeira coisa para isso: não
podemos nem devemos humilhar uns aos outros. Humilhar os irmãos é próprio da
ganância humana e da soberba, é o espírito mais pobre e mais amaldiçoado o
daqueles que crescem pisando e humilhando seus semelhantes. Por outro lado,
aqueles que são injustamente vistos, condenados e humilhados são os que mais se
assemelham a Cristo Jesus, Nosso Senhor!
Vivendo em
nossa condição humana é difícil não passar por humilhações. Há as humilhações
próprias da natureza humana, como as doenças e as enfermidades que desfiguram
tanto a nossa condição humana. Assim como há outras misérias que batem à nossa
porta, como o desemprego e o salário injusto, entre outros. Esses são modos de
nos configurarmos a Cristo Jesus, Nosso Senhor.
Por outro lado, há realmente aqueles que nos humilham e,
nós, muitas vezes, sem perceber ou até percebendo, também cometemos esse
terrível mal: humilhar o nosso semelhante.
Contemplemos
hoje Cristo Crucificado, o mesmo que é exaltado pelas pessoas, cujas mãos
carregam-Lhe palmas e oliveiras, são as mesmas a gritar: “Crucifica-o!”
Que nós não nos crucifiquemos mais uns aos outros, e
saibamos fazer da humildade de Cristo a chave para a nossa salvação!
Deus abençoe
você!
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