terça-feira, 31 de março de 2015

Terça-Feira da Semana Santa...
Deus nunca se cansa de nos perdoar..



Deus hoje não quer condenar nossas fraquezas e traições, Ele quer que delas nos arrependamos e não as alimentemos em nosso coração.


“Em verdade, em verdade te digo: o galo não cantará antes que me tenhas negado três vezes” (João 13, 38).

Amados irmãos e irmãs, a liturgia desta terça-feira da Semana Santa coloca diante de nós nossa pobreza, nossa miséria e nossa fragilidade humana, representadas em duas figuras caras e próximas a Nosso Senhor Jesus Cristo.
O primeiro deles é Judas, aquele que traiu Jesus por causa da cobiça e do desejo desenfreado pelos bens materias. Afinal de contas, ele era o administrador, o tesoureiro do grupo, era aquele que cuidava dos poucos bens do grupo. Ele deixou a riqueza ofuscar o brilho da graça, iludi-lo e ludibriá-lo, por isso a cobiça cresceu em seu coração.
Não era a intenção de Judas negar ou trair Jesus, ele pensou ou fez os seus planos humanos acreditando que uma rebeldia seria necessária e que depois o Mestre poderia perdoá-lo. Judas não mediu as consequências de seus atos, foi totalmente inconsequente ao vender o Sangue precioso de Jesus por míseras trinta moedas de prata.
Trair Jesus é trairmos uns aos outros, é nos vendermos uns aos outros, é entregarmos o irmão a outros. Trair Jesus é nos deixar levar por nossos interesses, por nossa cobiça humana e por nosso desejo de sobressair e de estar bem diante dos outros sem medir as consequências disso. Muitas vezes, vamos entregar, trair e deixar alguém de lado. A palavra “traição” é muito dura, dói até o extremo da alma.
Hoje o coração misericordioso de Jesus quer se voltar a todos aqueles que têm esse sentimento de traição e, muitas vezes, nem percebem isso, traem a família, os filhos, o compromisso que um dia assumiram diante do altar, traem a amizade, a Igreja, os valores éticos e morais.
Toda e qualquer espécie de traição é dura, cruel, desumana e desnorteia os mais profundos dos valores da humanidade! Frequentemente, as traições começam com coisas pequenas: desejos, vontades. É preciso combatê-las para que não cresçam e não tomem corpo dentro de nós!
Do outro lado, Pedro também fraquejou, também traiu e negou o Senhor. Jesus profetizou aquilo que Lhe aconteceria devido à fraqueza do coração desse apóstolo [Pedro], aquele que era sempre tão enérgico, tão rápido ao responder e ao se colocar ao lado do Mestre, quando o “cinto apertou”, foi o primeiro a fugir. Contudo, Pedro não ficou apenas na sua traição e nos seus erros, ele soube ir adiante e superá-los.
Deus hoje não quer condenar nossas fraquezas e nossas traições, Ele quer que delas nos arrependamos, que não as alimentemos em nosso coração; que saibamos combatê-las e, acima de tudo, nos arrependamos delas. A Sua misericórdia nunca se cansará de nos perdoar sempre que desistirmos do mau caminho e tomarmos o caminho da verdade, da justiça e da paz!

Deus abençoe você!

segunda-feira, 30 de março de 2015

SEGUNDA -FEIRA DA SEMANA SANTA!

Entreguemos aos pés de Jesus o melhor de nós....



Não levemos para Deus nossas sobras e migalhas. Entreguemos aos pés de Jesus sempre o melhor de nós, do nosso coração, da nossa alma e do que temos e somos!



“Maria, tomando quase meio litro de perfume de nardo puro e muito caro, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos” (João 12, 3).

Amados irmãos e irmãs, nesta semana tão santa, Semana Maior do mistério da Paixão, Morte e Ressurreição gloriosa de Jesus, nós queremos começar aos pés do Mestre. Ele que havia seis dias de Sua Páscoa estava na casa de Marta, de Maria e de Lázaro, seus amigos.
Você vai recordar que Maria sempre se colocava aos pés do Mestre para escutá-Lo e, naquele momento, também para ungi-Lo e prestar-Lhe o verdadeiro culto. No entanto, talvez tenha parecido um gesto escandaloso, porque o perfume de nardo, puríssimo e muito caro, usado por Maria, poderia ter sido usado para outra coisa.Contudo, para o Senhor se usa e se dá sempre o melhor: o melhor de nós, do nosso coração, da nossa alma, daquilo que temos e somos! Não vamos até Deus com nossas sobras e migalhas; levamos aos pés do Senhor aquilo que somos e temos: nossa vida e nosso coração.
Não é o tempo que sobra que damos a Deus, é o melhor do nosso tempo, é o melhor da nossa qualidade! Do que nós precisamos é estar aos pés do Senhor, adorando-O, glorificando-O, exaltando-O, sofrendo com Ele e caminhando com Ele rumo a Jerusalém. E na Sua Paixão e Morte, adorando o Seu corpo, mesmo que desfigurado, porque Jesus desfigurado é o mesmo Jesus glorioso.
Por isso hoje nós queremos nos colocar aos pés do Mestre para dar a Ele o melhor de nós! Quando Ele nasceu os reis magos Lhe ofereceram ouro, incenso e mirra. Agora que Ele está prestes a morrer está Maria aos Seus pés dando-Lhe o melhor perfume, porque para Deus toda a dignidade, toda a riqueza e toda a beleza para o culto d’Aquele que é o nosso Deus.
Nós O adoramos, Senhor, O exaltamos, glorificamos e bendizemos! No entanto, não pode haver contraste entre o Cristo, de quem nós cuidamos nas capelas, nos altares, em nossas igrejas e nas roupas litúrgicas, e o Cristo que sofre nas ruas, nas portas de nossas casas e onde nós vivemos. Como disse o Senhor, os pobres nós sempre teremos no meio de nós (cf. João 12, 8), porque cada pobre é o rosto de Cristo desfigurado.
Cuidemos do Cristo que está em nossas igrejas e entre nós nos altares. E também do Cristo que entre nós em nossos irmãos, sobretudo, nos mais pobres, nos mais sofridos e nos mais necessitados.
Cristo quer ser honrado com a nossa adoração no altar; da mesma forma, Ele quer ser cuidado na pessoa daqueles que mais sofrem e necessitam do Seu amor, da Sua bondade e da nossa solidariedade humana!

Deus abençoe você!

domingo, 29 de março de 2015


Façamos da humildade o fundamento para a nossa salvação. Aqueles que são injustamente vistos, condenados e humilhados são os que mais se assemelham a Cristo Jesus, Nosso Senhor!



“Encontrado com aspecto humano, humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz”(Fl 2, 7-8).


Neste Domingo de Ramos e da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, nós queremos contemplar o Cristo exaltado e aclamado com palmas pelas multidões; Aquele que entra triunfante em Jerusalém e de lá sairá glorioso. Contudo, a glória de Cristo passa pela cruz, passa pelo sofrimento, passa pelo escárnio e pela humilhação.
A glória de Cristo é a Sua cruz, Ele que é de condição divina, tão Deus como o Pai e como o Espírito, assume a nossa natureza e a nossa fragilidade humana para ser um de nós. E chega ao extremo da humanidade ao assumir em si as fraquezas, as enfermidades e os opróbrios da natureza humana. Totalmente desfigurado Ele morre pregado numa cruz. Diz Pilatos: “Eis o vosso Rei!”. E Ele, de fato, é o nosso Rei, nosso Rei humilhado, desprezado e sem nenhum aspecto ou aparência humana.
É esse Jesus humilhado e desprezado pelos homens a quem nós queremos exaltar, glorificar, reconhecer a Sua humildade na Sua extrema humilhação e aprender, com Ele, que o caminho da salvação passa pela humildade. A primeira coisa para isso: não podemos nem devemos humilhar uns aos outros. Humilhar os irmãos é próprio da ganância humana e da soberba, é o espírito mais pobre e mais amaldiçoado o daqueles que crescem pisando e humilhando seus semelhantes. Por outro lado, aqueles que são injustamente vistos, condenados e humilhados são os que mais se assemelham a Cristo Jesus, Nosso Senhor!
Vivendo em nossa condição humana é difícil não passar por humilhações. Há as humilhações próprias da natureza humana, como as doenças e as enfermidades que desfiguram tanto a nossa condição humana. Assim como há outras misérias que batem à nossa porta, como o desemprego e o salário injusto, entre outros. Esses são modos de nos configurarmos a Cristo Jesus, Nosso Senhor.
Por outro lado, há realmente aqueles que nos humilham e, nós, muitas vezes, sem perceber ou até percebendo, também cometemos esse terrível mal: humilhar o nosso semelhante.
Contemplemos hoje Cristo Crucificado, o mesmo que é exaltado pelas pessoas, cujas mãos carregam-Lhe palmas e oliveiras, são as mesmas a gritar: “Crucifica-o!”
Que nós não nos crucifiquemos mais uns aos outros, e saibamos fazer da humildade de Cristo a chave para a nossa salvação!

Deus abençoe você!

sexta-feira, 27 de março de 2015

Como Jesus, somos chamados a dar a vida pelo Evangelho


Como Jesus, somos chamados a dar a vida pelo Evangelho. Precisamos aprender a ser defensores da fé, não com vãos discursos, nem com brigas, mas pela coerência e pelo testemunho.

“Os judeus pegaram pedras para apedrejar Jesus. E ele lhes disse: ‘Por ordem do Pai, mostrei-vos muitas obras boas. Por qual delas me quereis apedrejar?’” (João 10, 31-32).
Apedrejar significa, acima de tudo, reprovar e querer fazer morrer aquilo de que eu não gosto, que eu não reconheço ou que eu não valorizo. Quando você deseja apedrejar alguém, no fundo, você quer reprovar os gestos, as atitudes e tudo aquilo que a pessoa faz. Aqui não me refiro aqui somente ao apedrejamento violento (esse, na verdade, nem deveria mais ser mencionado em pleno século XXI), mas, infelizmente, em muitos lugares e em muitos corações as pessoas querem resolver as controvérsias da vida à base de pedras e de violência.
Há dentro de nós um instinto, uma vontade de querer apedrejar aquilo com o qual não concordamos, apedrejar as pessoas cujos comportamentos são reprováveis. É essa atitude que um grupo de judeus tem com Jesus; em muitas ocasiões, eles querem pegar pedras para atirar no Senhor. E Jesus lhes pergunta: “Por qual delas [minhas obras] me quereis apedrejar?” (João 10, 31-32). É como se o Senhor lhes perguntasse: “É pelos cegos que já curei, pelos aleijados, coxos, pelos pães que foram multiplicados? Foi pela ovelha desgarrada que voltou? É pelas vidas que foram salvas? Por qual motivo vocês querem me jogar pedras?” (cf. João 10, 32).
Sabemos que a religião pode ter dois aspectos: há a religião que anuncia o amor, a verdade, os valores e os preceitos de Deus e, muitas vezes, é apedrejada por causa disso. Nossa Igreja sofre perseguições em todas as partes do mundo de forma ostensiva ou sendo, realmente, perseguida, difamada, caluniada e desprezada pelos valores pregados por ela.
A Igreja pode até ter contradições, porque dentro dela há pessoas humanas, só não há contradição na compreensão da verdade. E a Igreja dá a vida pela verdade. A verdade é a palavra que liberta o ser humano, a verdade é Jesus Cristo, Nosso Senhor e Salvador, que morreu por causa da verdade eterna do Pai.
Assim como Cristo foi perseguido, Sua Igreja também tem sido perseguida ao longo dos séculos! Nós não podemos atirar pedras sobre aqueles que anunciam a Palavra de Deus ou sobre a verdade anunciada por ela. Pelo contrário, nós precisamos aprender a ser também defensores da fé, não com vãos discursos nem com brigas, mas sim pela coerência, pelo exemplo e pelo testemunho.
Quando a Igreja não testemunha e não dá sua vida pelo Evangelho, ela cai nas contradições, e aí é o viés perigoso de qualquer religião com as guerras religiosas, as perseguições religiosas, a briga de cristãos contra cristãos por causa de doutrinas e de dogmas e entre os fiéis. Nada disso corresponde à graça de Deus.
A única briga que precisamos assumir é para amar, respeitar e saber valorizar até quem pensa diferente de nós. E mesmo sendo perseguidos e não compreendidos não podemos deixar de dar a vida pelo Evangelho, como o fez Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Deus abençoe você!

quarta-feira, 25 de março de 2015

Hoje celebramos o mistério da nossa salvação, por isso adoramos e exaltamos a Jesus Cristo por ter se encarnado e assumido a nossa humanidade no ventre de Maria.


“Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!” (Lucas 1, 28).



Nós hoje interrompemos o tempo da Quaresma, em cujos dias de meditação nos preparamos para o mistério da Paixão, da Morte e, sobretudo, da Ressurreição gloriosa do Senhor, para entrarmos no mistério da encarnação ou no mistério do Natal de Jesus. Daqui a nove meses vamos novamente celebrar o nascimento do Senhor. Por isso nove meses antes dessa data nós comemoramos a concepção de Nosso Senhor Jesus Cristo, o dia em que o arcanjo Gabriel visitou a Virgem Maria e anunciou-lhe que ela fora a escolhida, a designada por Deus para ser a Mãe do Salvador.
Hoje nós celebramos o dia do nascimento da Igreja, o dia do nosso nascimento e o nascimento de uma nova humanidade. Cristo é a cabeça da Igreja. Cristo é o novo Homem. Cristo é a remissão dos nossos pecados. Cristo é o nosso Salvador! Inaugura-se uma nova história, uma nova página da história da humanidade quando Ele deixa Sua condição divina e se faz Homem como um de nós, e O faz na humanidade de Maria. Por isso, esse mistério, por excelência, celebra a grandeza de nosso Deus ao se rebaixar para salvar a nossa pequenez, para salvar a nossa miséria.
Nós hoje celebramos a nossa salvação, nós queremos adorar a Jesus Cristo e exaltar o Senhor por ter se encarnado e assumido a nossa humanidade no ventre de Maria. Alguém pode perguntar: “Qual é a graça que Maria teve? Por que se fazem tantos elogios a ela?”. Nossa Senhora não teve uma graça qualquer, ela teve “a graça”! Se juntarmos todas as graças já alcançadas pela humanidade, todas elas juntas não têm proporção nem comparação com essa graça única que a Virgem Maria recebeu ao conceber em seu ventre Jesus Cristo, o Verbo Encarnado.
Todas as outras graças de Deus são sublimes, nenhuma delas merece desmerecimento, mas temos de reconhecer que há uma graça, por excelência, e que a Virgem Maria é uma agraciada, por excelência, no mistério da salvação humana. Quando o anjo a saúda: “Ave, ó cheia de graça!”, é porque a graça plena, a graça maior, a graça, por excelência, foi concedida a ela!
Louvamos e exaltamos o Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que quis vir morar e habitar no meio de nós. Exaltamos nosso Pai, Deus Todo-poderoso, por ter escolhido Maria para ser a Mãe do Seu Filho. Glorificamos Deus Espírito Santo porque foi Ele quem tomou posse do ventre de Maria e ali operou a maior das graças, o mais sublime dos milagres. Salve, Senhora santa, Maria, Mãe de Deus e nossa, que se abriu inteiramente para acolher Jesus, o Nosso Salvador!

Deus abençoe você!

terça-feira, 24 de março de 2015

Programação da Semana Santa
Domingo de Ramos 17h – Bênção em frente ao Lar dos Idosos, em seguida Procissão dirigindo-se ao Santuário do Sagrado Coração de Jesus.
Segunda e Terça-feira Santa Das 8h às 10h30min – Confissões individuais na Casa Paroquial.
Quarta-feira Santa 19h – Santuário – Confissão Comunitária.
Quinta-feira Santa 8h30min – Catedral de Mossoró – Missa dos Santos Óleos.
19h – Santuário – Missa da Ceia do Senhor. (Após a Santa Missa teremos adoração até meia noite)
Sexta-feira Santa 15h – Santuário – Solene celebração da Paixão e Morte do Senhor. (Após a celebração teremos a procissão de Nosso Senhor Morto)
Sábado Santo 19h – Santuário – Vigília Pascal.
Domingo da Ressurreição 19h – Santuário – 2ª Missa da Ressurreição.

A graça de Deus nos purifica do pecado e da murmuração...

A graça de Deus nos purifica do pecado e da murmuração, essa erva daninha faz de nós pessoas murmuradoras que reclamam de tudo e de todos.



“Quando alguém era mordido por uma serpente, e olhava para a serpente de bronze, ficava curado” (Nm 21, 9).
O povo de Deus, na longa viagem feita durante a travessia do Egito rumo à Terra Prometida, vive várias situações fazendo-o perder a paciência. E sabemos que, quando perdemos a paciência, começamos a reclamar, a murmurar e, muitas vezes, até a maldizer. Foi isso que esse povo fez, porque, quando estamos no extremo da impaciência, não somos mais capazes de raciocinar com lógica; pelo contrário, nesses momentos o nosso raciocínio é todo corroído e passamos a olhar as coisas a partir daquilo que nos incomoda.
Esse povo se esqueceu da mão prodigiosa do Senhor, que o tirou aos poucos daquela situação de servidão, conduziu-o pelo deserto afora, o fez atravessar o mar e o ajudou a vencer os inimigos e, naquela hora, continuava a caminhar com todos eles. Quando o azedume da murmuração, a erva daninha da reclamação e a maldade da fofoca invadem os nossos corações, nós nos tornamos pessoas azedas e mesquinhas que veem problema em tudo e não somos capazes de agradecer nem de reconhecer a mão de Deus a nos conduzir.
Por isso, o povo começou a reclamar e a murmurar contra Moisés e contra Deus, e como isso foi duro! Deixe-me dizer: a murmuração e a reclamação por si mesmas são uma praga e toda praga provoca doença, enfermidade e mal-estar. Aquele povo caiu doente, aquele povo que murmurou contra o Senhor ficou enfraquecido por serpentes venenosas.
Quem murmura, reclama e fofoca experimenta do próprio veneno, e é um veneno maldito tudo aquilo que vem das nossas murmurações. É por isso que estamos, tantas vezes, muito fracos, doentes, esmorecidos, sem gosto e sem sabor pela vida, porque permitimos, com o nosso azedume, azedar o bom leite que Deus nos dá e a boa graça que o Senhor nos concede.
Quando esse povo cai doente, o próprio Deus tem misericórdia e manda Moisés fazer uma serpente de bronze [para curá-los]. A serpente de bronze, que representa a imagem do Cristo levantado na cruz, é o remédio que nos salva! Se fomos picados pelo veneno do pecado, agora o ar da graça nos salva e nos redime!
Que Deus hoje, na Sua infinita bondade e na Sua infinita misericórdia, nos dê a graça de sermos purificados dos nossos pecados e, sobretudo, tire de nosso interior essa erva daninha, que corrói e corrompe o nosso coração e faz de nós pessoas murmuradoras que reclamam de tudo e de todos.
Que Deus nos dê a graça de enxergar mais além, de reconhecer os prodígios d’Ele feitos por nós e que a mão d’Ele tem sido prodigiosa em nosso favor.
Deus abençoe você!


segunda-feira, 23 de março de 2015

               Quem de nós pode dizer que nunca pecou?




Quem de nós pode dizer que nunca pecou? Aquela mulher pecadora representa a mim e a você, toda a Igreja, todos nós! Quem de nós pode dizer: ‘Eu não tenho pecado’?


“Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra” (João 8, 7).

Nós contemplamos hoje esse drama do Evangelho, mas, ao mesmo tempo, nos admiramos com uma das mais belas passagens das Sagradas Escrituras. Essa mulher pega em adultério é levada diante de Jesus para ser condenada a fim de que Ele tome uma posição sobre ela. É até, na verdade, uma armadilha aquilo que preparam para Jesus, porque Ele poderia simplesmente dizer: “Cumpra a Lei que afirma que quem for pego em adultério deve ser realmente apedrejado”, contudo Ele não lhes diz o que Moisés orienta na Lei. E muitos poderiam falar: “Nossa! Mas Ele prega tanto o amor e a misericórdia, será que Ele os vai deixar fazer isso com essa mulher?”.
No entanto, Jesus vence as armadilhas humanas e vai para além das contradições mirabolantes nascidas da mente dos homens. O Senhor vai ao cerne, ao profundo e ao “x” da questão. Primeiro Ele se abaixa em direção ao chão, vai até a terra e ali risca alguma coisa; pode ser que estivesse escrevendo os pecados e as misérias da nossa natureza humana. O mais importante é que, quando Ele desce ao chão, Ele lembra que todos nós viemos do pó da terra, que todos somos frágeis, miseráveis, todos nós temos pecados e é para essa mesma terra frágil que um dia voltaremos. E que não há distinção, todos nós vamos para o mesmo lugar!
Contudo, Jesus se levanta, olha ao redor e é como se dissesse: “Pois não, quem olha para a terra, olha para a pobreza e para a miséria do seu pobre coração e reconhece que nunca adulterou na vida, que atire a primeira pedra!” (cf. João 8,7).
Talvez para alguns só exista um tipo de pecado, só exista uma espécie de pecado. Adultério para alguns é apenas traição ou algo ligado a essa matéria, mas, na verdade, comete adultério todo aquele que, de fato, adultera a Lei de Deus em favor de si mesmo. E isso corresponde a qualquer um dos Dez Mandamentos, seja ao violar o dia do Senhor ou o nome santo do Senhor, seja ao prejudicar a pessoa do próximo, tudo isso é adulterar a verdade.
Aquela mulher pecadora representa a mim e a você, toda a Igreja, todos nós! Quem de nós pode dizer: “Eu não tenho pecado!”, “Eu sou melhor do que alguém!”. Pode ser que eu não tenha cometido este ou aquele erro, mas sei quais são as minhas misérias, sei quais são as minhas fraquezas. Você conhece as suas? Você nunca errou em alguma etapa da sua vida? Você não enfrenta dificuldades para isso ou para aquilo?
Por que é que nós ainda temos a tendência egoísta e orgulhosa de sempre querer julgar e condenar os outros? Só julga, só condena e só atira pedra quem não conhece a si mesmo! Quando nos conhecemos de verdade, nós ajuntamos pedras para construir pontes e estradas para que outros possam passar e também para que nós possamos sair do caminho errado em que estamos. Ao passo que quem não se conhece ajunta pedras para atirar nos outros.
Que Deus nos dê a graça de nos conhecermos do jeito que somos e, assim, não julgaremos mais uns aos outros!

Deus abençoe você!

domingo, 22 de março de 2015

                                             
                                               O sacrifício nos conduz à vida nova





O sacrifício nos conduz à vida nova. É preciso que a cada dia morramos para nós mesmos para que frutos novos nasçam de nossa renúncia e sacrifício.

Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigomas, se morre, então produz muito fruto” (João 12, 24).

Ao ver o homem jogando as sementes pelo campo, você pode dizer: “Aquela semente vai desaparecer!”. E vai mesmo, ela vai cair por terra e nesta ela vai ser fecundada e regada, vai crescer e deixar de ser um grão para passar a ser uma planta, uma árvore esplendorosa e dela virão muitos e muitos frutos. E que pena seria se o agricultor pegasse a semente e simplesmente a guardasse, ela não serviria para nada, seria apenas uma semente.
A verdade é que Deus não quer que nem eu nem você e que nenhum de nós sejamos apenas uma semente. O que Deus quer é que nós cresçamos, que nós potencializemos a nossa vida para que ela possa produzir muitos frutos em abundância e com qualidade.
Nosso Senhor Jesus Cristo dá o exemplo, Ele é o “grão” que vai ser enterrado na terra e dali ressurgirá, glorioso e, de Sua Ressurreição gloriosa, haverá frutos abundantes. Eu e você somos frutos da Ressurreição de Jesus; todo aquele que tem a vida ressuscitada em Deus é uma criatura nova! Mas precisamos primeiro morrer, isto é, passar pela experiência de fazer morrer o “homem velho”, “a mulher velha”, que está em mim, que está em você!
Jesus Cristo foi o homem sempre novo por excelência, mas mesmo assim Ele fez questão de nascer a cada dia e renascer para a plenitude com Sua Morte e Ressurreição gloriosa. Nós contemplamos o Cristo Crucificado, que morreu pelos nossos pecados, e podemos dizer assim: “Meu Senhor não deveria morrer!”. Se olharmos para a nossa vida, nenhum de nós quer passar por essa experiência da morte, podemos dizer que é ela muito dura, que vai acabar com a nossa vida, com tudo que sempre foi, mas somos apenas uma semente aqui [Terra] e a nossa função nessa vida é semear para a eternidade.
Para isso é preciso que a cada dia eu morra para mim mesmo, para que frutos novos nasçam da minha renúncia e do meu sacrifício. O marido morre [para si mesmo] para a esposa e vice-versa; e quando um morre para o outro nasce um amor mais lindo, mais belo e mais próspero. Da mesma forma, os pais precisam, muitas vezes, morrer para si mesmos para que possam educar os filhos. E assim é a nossa vida: a experiência de morrer a cada dia para que o novo nasça.
No entanto, há mortes que nós não precisamos temê-las; pelo contrário, devemos buscá-las com toda a intensidade do nosso coração: a morte para os vícios, para os pecados e para a vida velha a fim de que a vida nova de Cristo transfigure e transborde cada vez mais em nossa vida!


Deus abençoe você!

quinta-feira, 19 de março de 2015

Louvemos São José com amor e gratidão

Assim como São José cuidou bem demais de Maria e de Jesus, ele quer cuidar da nossa casa e família e de cada um de nós!




“José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo” (Mateus 1, 20).
Na alegria de celebrarmos São José, aquele que é o guardião da Sagrada Família, patrono universal da Igreja e o guardião de todas as nossas famílias, nós olhamos para este homem de fé, filho de Davi, pai adotivo de Jesus, esposo da Virgem Maria e pedimos a intercessão dele: “José, ensina-nos a ter fé, ensina-nos a ter a tua confiança, a tua pujança, a tua coragem. Ensina-nos, José, a abrir os olhos da fé para podermos também corresponder àquilo que Deus quer e espera de nós!”.
São José teve medo, teve receios, dúvidas, mas nunca deixou de ser fiel a Deus. O homem exemplar, homem modelo para cada um dos homens da face da Terra, modelo para as nossas famílias, modelo de fé, de confiança de alguém que jamais tira o olhar de Deus.
Quem não tira o olhar de Deus pode passar pelas sombras da vida e pelas tempestades que vêm ao longo do caminho certo de que Ele intervém, que Ele fala com a pessoa de fé nem que seja pelos sonhos, como falou ao coração de José.
José pensou em abandonar a Virgem Maria não foi por covardia, foi mesmo por não entender [o que estava ocorrendo] e por não querer atrapalhar. Que coração bom e generoso tem esse José! Ele poderia denunciar Maria por pensar: “Como essa mulher engravidou dessa forma?”. Mas ele conhece o coração dela e sabe que há algo divino acontecendo com ela; só não sabe explicar o “como” nem “o porquê”, por isso se recolhe no silêncio de seu coração. E é no seu silêncio que ele é visitado, no seu silêncio interior de conformismo e de entrega a Deus que o próprio Deus fala ao seu coração, em sonho, por intermédio de um anjo: “José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo”(Mateus 1, 20).
É como se Deus lhe dissesse: “José, eu preciso de você, homem, para cuidar dos meus tesouros mais preciosos na Terra! Eu preciso que você cuide de Maria, que você seja o seu esposo, que você a acompanhe aonde quer que ela vá, porque muitas coisas estão por acontecer ainda. Como eu preciso de você! Ah José, preciso de você para ser o guardião, o pai do meu Filho na Terra!”. Prontamente São José se levanta e se coloca à disposição do Senhor.
Da mesma forma, coloque a sua casa, a sua família, sua paternidade e sua maternidade aos cuidados de São José. Coloque as coisas que você não entende, não compreende, coloque as situações difíceis pelas quais você tem passado aos cuidados dele. Coloque a sua situação financeira, profissional e afetiva aos cuidados de São José, o homem puro, casto, fiel e obediente a Deus. Por intermédio dele nós vamos chegar aos tesouros mais preciosos do coração de Deus!
Assim como José cuidou bem demais de Maria e de Jesus, ele quer cuidar de mim, da sua casa, quer cuidar da sua família, quer cuidar de cada um de nós!

São José, rogai por nós!

quarta-feira, 18 de março de 2015


Não importa a hora, o dia, não importa o momento, onde quer que eu e você estejamos precisamos trabalhar pela salvação da humanidade.



“Meu Pai trabalha sempre, portanto também eu trabalho” (João 5, 17).


Assim como Jesus não parou, nós também não podemos parar! Não podemos parar de cuidar da nossa alma, do nosso coração, de restaurar cada pedacinho de nós, que foi quebrado por obra do pecado, por obra deste mundo. Com a graça de Deus, o Pai quer nos restaurar a cada dia. E nós precisamos, com Jesus, precisamos, com o Pai, no poder do Espírito, salvar a obra de Deus.
Onde existir uma alma humana triste, sofrida, machucada, onde existir um filho de Deus distante e perdido à procura de salvação, nós precisaremos ser canais da graça! E não importa a hora, o dia, não importa o momento, onde quer que eu e você estejamos precisamos trabalhar pela salvação da humanidade.

É obrigação nossa, é responsabilidade de cada batizado assumir o seu papel na história da salvação da humanidade! Eu preciso olhar para trás e dizer: “Eu trabalhei pela restauração do mundo!” Precisamos, hoje, olhar para o nosso coração e dizer: “Eu estou trabalhando, dando o melhor de mim, do que eu posso, do que eu sei para poder restaurar, salvar e continuar operando a obra de Deus no meio de nós!”.


Deus abençoe você!

terça-feira, 17 de março de 2015


 Sejamos solidários com o sofrimento do nosso próximo...

Senhor, não tenho ninguém que me leve à piscina, quando a água é agitada. Quando estou chegando, outro entra na minha frente” (João 5, 7).   

Deixe-me dizer uma coisa a você: é muita desumanidade, é muito egoísmo quando eu busco a “minha” cura, a “minha” libertação, a “minha” restauração, a “minha” bênção, o “meu” pão, as “minhas” coisas e não sou capaz de olhar para quem está do lado, para quem caminha comigo, para quem está atrás de mim ou na minha frente. Simplesmente eu vou buscar o que eu quero e cada um que se vire por si. Esse é o maior de todos os egoísmos! E isso não é no mundo lá fora, isso é com as pessoas que pertencem ao Reino de Deus, na casa de Deus.
Nós, muitas vezes, entramos e saímos da igreja sem nem nos darmos conta de quem está lá. Da mesma forma, nós andamos pelas ruas, calçadas, cidades e existem pessoas que há  tantos anos vemos na nossa frente, mas não sabemos o que se passa com elas, o que elas têm, o que elas sofrem. Isso porque nós vivemos um ritmo frenético da vida, temos nossa rotina, nossas obrigações e não temos tempo de olhar para o sofrimento do outro.
Por isso a maior cura que Deus pode realizar em nosso coração e em nossa vida é nos ajudar a sermos menos egoístas, curar o nosso orgulho, abrir os nossos olhos e nos ajudar a ver o sofredor ao nosso lado. [A maior cura que Ele quer realizar] É abrir a nossa mão para que ela vá ao encontro e ao socorro do outro que está necessitado, do outro que precisa chegar perto de Deus, do outro que precisa de ajuda para encontrar sua saúde e o sentido da sua vida.
A minha fé não pode me levar a me fechar em mim mesmo, a buscar apenas os meus interesses e a satisfazer as minhas necessidades.
A fé abre os olhos, orienta os horizontes e nos ajuda a perceber que nós precisamos cuidar de quem está ao nosso lado! Que Deus converta o meu, o seu e o nosso coração para que nos tornemos menos egoístas e mais solidários com quem sofre e com está ao nosso lado!
Deus abençoe você!


segunda-feira, 16 de março de 2015




“Então, ele abraçou a fé, juntamente com toda a sua família” (João 4, 53).

Tamanha foi a fé e tamanhos foram a graça e o milagre que ele também alcançou. Jesus lhe disse: “Seja feito conforme a sua fé”. Imediatamente a febre do filho desse homem desaparece e ele vive. Quando ele volta para casa vê o filho curado e acredita piedosamente que Jesus realizou um sinal em sua casa. Daquela hora em diante, ele, juntamente com toda a sua família, abraçou a fé e passou também a seguir Jesus e a crer em tudo o que Ele fazia e realizava.

Deixe-me dizer uma coisa a você: é por intermédio de você que a fé, a graça e o amor de Deus chegam à sua casa e à sua família; mesmo que nem todos nela creiam, mesmo que, na sua casa, nem todos abram o coração para o Senhor. Por intermédio de você a fé contagia toda a sua casa e toda a sua família!
Você pode ser o canal da graça para que os da sua casa creiam no poder de Jesus e O sigam. Basta olharem para você e enxergarem na sua vida a transformação, o milagre, a cura e a bênção que Deus operou em sua vida. Nós precisamos e devemos ser o milagre vivo, o testemunho vivo, o sinal vivo daquilo que Deus faz a quem n’Ele crê.
Que nossa vida, nosso sorriso, que nosso ânimo em crer em Jesus sejam um testemunho para os da nossa casa! Nós não vamos levar os nossos para o Senhor pela força, mas sim pelo testemunho e pelo milagre que os outros podem olhar e contemplar na vida de cada um de nós.
Sejamos sinais vivos de que Jesus age em nós!
Deus abençoe você!


domingo, 15 de março de 2015

Jesus morreu na cruz, por nós, para condenar o pecado que nos faz morrer e perder a vida. Não para nos condenar, mas para nos salvar e libertar.

“Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele”(João 3, 17).
É desta forma que Deus nos ama: Ele nos ama de forma direta, única, incisiva. Ele não abre mão de nós, não abre mão de mim, não abre mão de você, não abre mão de ninguém da sua casa, da sua família. Por mais perdido que possa parecer alguém, há sempre um olhar de esperança e de misericórdia de Deus voltado para essa pessoa.

Por essa razão, precisamos tomar posse desta verdade: Deus me ama, ama você, ama a todos nós! O Seu amor salvífico e gratuito é para todas as pessoas. Quando tomamos posse dessa verdade, nós precisamos também tomar posse da realidade que vem junto com ela, porque, da mesma forma como Deus nos ama, Ele não enviou Seu único Filho para condenar ninguém, mas para nos salvar. Jesus morreu na cruz, por mim e por você, para condenar o pecado, que nos faz morrer e perder a vida; não foi para nos condenar, mas para nos salvar.
Nós precisamos ser mensageiros da salvação de Deus! Nós não podemos ser mensageiros da condenação, não podemos levar a condenação a ninguém. Assim como Jesus veio trazer a salvação e por onde Ele passava a salvação acontecia, nós precisamos também levá-Lo às pessoas. E quando Jesus entra numa casa, numa família, entra na vida de qualquer pessoa, não é para condená-la, mas sim para libertá-la daquilo que a mantém cativa, presa, oprimida e condenada. Da mesma forma, quando Ele entra na nossa vida é para nos salvar, por isso nos precisamos abrir o coração não para a condenação, mas para a salvação vinda do coração de Deus!
Assim como Nicodemos abriu o coração para que nele a graça de Deus entrasse, nós hoje queremos abrir o nosso coração e contemplar Jesus crucificado. Pois como Moisés, no deserto, levantou a serpente e todo aquele que olhou para ela ficou curado, nós hoje olhamos para Jesus crucificado, n’Ele estão condenados nossos pecados e ali está assinalada a nossa salvação. Ali está a libertação de cada um de nós, da nossa casa e de todas as nossas famílias!
Nós precisamos nos colocar sob o judice da cruz de Jesus Cristo; nos colocarmos debaixo do amor misericordioso de Deus, o qual brota do alto da cruz. Nós anunciamos Jesus crucificado ao mundo não para que este se sinta condenado, mas para que ele se sinta salvo e redimido pelo Sangue redentor de Cristo.
Jesus, que morreu e ressuscitou para a nossa salvação, traga hoje libertação e paz para cada um de nós!
Deus abençoe você!





sábado, 14 de março de 2015



A oração que agrada a Deus é a oração do pecador, aquela que é feita com humildade e do fundo da alma.
 Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!” (Lucas 18, 13).
Talvez você pense: “Quem rouba, quem mata, quem adultera são os outros! Eu nunca cometi nada disso!”. E nisso, os pecados que nós não consideramos nada vão, muitas vezes, se escondendo debaixo do tapete e ficam na penumbra do nosso coração.
A oração que agrada a Deus é a oração do pecador;  a oração feita com humildade e do fundo da alma, a oração de quem se faz pequeno, de quem se apresenta diante do Senhor não com grandeza, mas com pequenez; reconhecendo suas misérias, suas faltas, seus erros e nunca apontando o dedo para os outros, mas sempre para si mesmo, reconhecendo, a cada dia, que sem a graça de Deus nós não somos nada.
O pecado do farisaísmo é o orgulho e a autossuficiência. Uma pessoa orgulhosa e autossuficiente na vivência da fé já se acha experiente, conhecedora de todas as coisas; sempre olha os outros de cima e se acha o máximo.Para Deus só há um “máximo”: é quem se faz pequeno, é quem se humilha e nunca humilha os outros. É quem reconhece a sua pequenez e se aproxima do coração d’Ele para clamar por misericórdia, por perdão e por piedade.
Que o Senhor Deus hoje nos ensine a oração agradável ao Seu coração, que Ele nos ensine a oração que realmente liberta a nossa alma. Que nunca seja a oração da justificação, mas sim a oração da contrição e do reconhecimento, por meio da qual tocamos em nossa miséria e jamais não nos sentimos superiores a ninguém.
Deus abençoe você!

sexta-feira, 13 de março de 2015

Habemus papam!” Há exatamente dois anos, o mundo ouviu atento o anúncio do nome de Jorge Mario Bergoglio como o novo Papa – Francisco. No dia 13 de março de 2013, a Igreja Católica conheceu o novo Bispo de Roma, um argentino que conquistou o coração de multidões, inclusive dos brasileiros. Os primeiros 365 dias revelaram a marca desse pontificado: simplicidade, humildade e uma exortação à “cultura do encontro”, a uma “Igreja em saída”, termos que o próprio Papa gosta de usar. O segundo ano só confirma as características de Francisco, um Papa aberto ao encontro com o povo e ao diálogo com todos.

Passaram dois anos, desde a eleição para a Cátedra de Pedro, do Cardeal Jorge Mário Bergoglio. Quis chamar-se Francisco e desde aquele dia a todos conquistou com a sua simplicidade, a sua ternura, a sua espontaneidade. Em pouco mais de duas semanas o Papa Francisco deixou claro que não trazia apenas um novo estilo mas a frescura do conteúdo do Evangelho. Nesta rubrica “Sal da Terra, Luz do Mundo”, recordamos os sinais de Francisco no seu primeiro mês como bispo de Roma e Pastor Universal da Igreja, para não esquecermos o rumo de um pontificado que está a mudar a Igreja.

Dois anos após sua eleição, o primeiro papa latino-americano da história, Francisco, se tornou um fenômeno de massas por seus gestos e abertura, mas seu projeto de reformas gera resistências internas crescentes.
Eleito no dia 13 de março de 2013 após a surpreendente renúncia de Bento XVI, Francisco assumiu a direção espiritual de mais de 1,2 bilhão de católicos com um estilo novo, fresco e simples, o que lhe valeu o título de uma das personalidades mais carismáticas do mundo.

“E agora eu gostaria de dar a bênção, mas antes… antes peço-vos um favor: antes de o bispo abençoar o povo, peço-vos que rezeis ao Senhor para que Ele me abençoe: a oração do povo que pede a bênção para o seu bispo. Façamos em silêncio esta oração de vós por mim”. (13 de Março 2013)

 

Deus quer falar a nós e, se queremos ser tementes a Ele e amá-Lo sobre todas as coisas, é preciso ter um coração, uma mente e ouvidos dispostos!

“Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força!” (Marcos 12, 29-30).

  Ouvir é saber ouvir primeiro o coração; e abrindo o coração também abrir a mente para que, aquilo que passa pelos ouvidos, não volte para trás, mas entre em nosso interior. Precisamos ter os ouvidos cerrados para a fofoca, para a calúnia, para a difamação, para a delação que, às vezes, fazemos uns contra os outros.

   Deus quer falar a nós e, se queremos ser tementes a Ele e amá-Lo sobre todas as coisas, é preciso ter um coração, uma mente e ouvidos dispostos!
Amar o próximo é muito mais difícil do que amar a Deus, mas só vamos amar o nosso próximo se soubermos amar a Deus de verdade. 
  
 Isso porque quem nos ajuda, quem quebra as inclinações negativas do nosso coração, quem derruba as torrentes do nosso orgulho é a graça de Deus em nós! Por isso, quanto mais necessidade temos de amar uns aos outros tanto mais precisamos investir, com seriedade, no amor a Deus e no escutá-Lo a cada dia.


                                                               Deus abençoe você!

quinta-feira, 12 de março de 2015

Sonhei que tive uma entrevista com Deus.
“Então, você gostaria de me entrevistar?” Deus perguntou.
“Se o Sr. tiver tempo”, eu disse.
Deus sorriu.
“Meu tempo é a eternidade. Quais as questões que você tem em mente para mim”?
“O que o surpreende mais na humanidade?”
Deus respondeu:
“Que eles se aborrecem com a infância, se apressam para crescer e depois desejam ser crianças novamente”.
“Que eles perdem sua saúde para juntar dinheiro e depois perdem seu dinheiro para recuperar sua saúde”.
“Que por pensarem ansiosamente no futuro, eles esquecem o presente, de tal maneira que eles não vivem nem o presente, nem o futuro”.
“Que eles vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido”.
Deus colocou minha mão na sua e ficamos silenciosos por um tempo.
Então eu perguntei:
“Como um Pai, quais seriam algumas das lições que o Sr. Gostaria que seus filhos aprendessem”?
“Que eles aprendessem que eles não podem obrigar ninguém a amá-los. Tudo o que eles podem fazer é se deixarem amar”.
“Que eles aprendessem que não é bom se comparar aos outros”.
“Que eles aprendessem a perdoar, praticando o perdão”.
“Que eles aprendessem que são necessários apenas poucos segundos para abrir feridas profundas naqueles que eles amam, mas podem ser necessários muitos anos para cicatriza-las”.
“Que eles aprendessem que uma pessoa rica não é aquela que tem mais, mas é aquela que necessita menos”.
“Que eles aprendessem que há pessoas que os amam profundamente, mas simplesmente ainda não sabem como expressar ou mostrar seus sentimentos”.
“Que eles aprendessem que duas pessoas podem olhar para a mesma coisa e vê-la diferentemente”.
“Que eles aprendessem que não é suficiente que eles se perdoem uns aos outros, mas eles também devem perdoar a si mesmos”.
“Obrigado pelo seu tempo”, eu falei humildemente. Há ainda alguma coisa que o Sr. gostaria que suas crianças soubessem”?
Deus sorriu e disse:
“Somente saibam que eu estou aqui.
SEMPRE”. 

         Confira as Fotos de Nossa Abertura de Atividade 2015!